A Voeverá

A Voeverá
Em novembro de 1987, nasce o Grupo de Teatro Chapecó, a partir de um curso de iniciação teatral oferecido pelo SESI - Serviço Social da Indústria (CAT Chapecó) - aos funcionários das Organizações Chapecó.
O curso, ministrado pelo professor de teatro Neri de Paula, acontecia no auditório da empresa, abordando assuntos relacionados à comunicação, conscientização corporal e segurança do trabalho.
Desse trabalho resultaram as montagens das peças didáticas: “Fatores de Insegurança” e “Pânico de Incêndio”, ambas do dramaturgo paulista José Rubens Siqueira.


A ousadia
No final de 1989, o grupo resolve ousar e produzir um espetáculo de cunho artístico. Os diretores Jovani Santos e Neri de Paula viajam a São Paulo. Lá, por indicação de Francisco Medeiros (Chiquinho) premiado diretor paulista, entraram em contato com Carlos Alberto Soffredini, dramaturgo, autor de peças renomadas como: “Na Carreira do Divino” e “Pássaro do Poente”.
De um encontro no Bexiga, tradicional bairro de São Paulo, resulta o envio e compra dos direitos autorais pelo Grupo de Teatro Chapecó do musical tragicômico “Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu”, montado no mesmo período por Gabriel Villela e Laura Cardozo.


O primeiro desafio artístico
“Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu”, um espetáculo musical que mobilizou os atores, funcionários da empresa, a um grande desafio: passar por treinamentos para aprender a dançar, cantar e interpretar os personagens de uma Companhia mambembe de teatro e variedades de 1950, que percorria o interior do Brasil com suas peças.

A oportunidade
Neste período, as Organizações Chapecó, através da área social resolve oportunizar o acesso ao teatro aos filhos dos funcionários da empresa. Contrata o diretor Jovani Santos, que monta, em 1990, quatro espetáculos infantis, com a participação de 65 alunos: “Pluft, o fantasminha” e “A Bruxinha Que Era Boa” de Maria Clara Machado; “O Consertador de Brinquedos“ de Stella Leonardos; e “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” de Jorge Amado. Todas montadas no Centro Social Urbano “Ilma Rosa De Nes”,  bairro SAIC, que após a construção de uma ala de teatro, passa a ser a sede do grupo para ensaios e apresentações.


O voo além
Em 1995, a empresa Chapecó fecha suas portas. Os integrantes resolvem ir além e continuar com o grupo de forma independente e registram-no com o nome “Chapecó”, em homenagem à empresa originou sua história.

Resultado: diversos espetáculos montados, participação em vários projetos, eventos e iniciativas culturais, como a luta pela construção de um teatro em Chapecó. Iniciativa que nomeou Jovani Santos como presidente da FCC (Fundação Cultural Chapecó), e também na construção do Centro de Cultura e Eventos “Plínio Arlindo De Nes”.


A consolidação
Em comemoração aos 25 anos de história do grupo, a decisão de um novo nome marca a data de novembro de 2012. Surge a “VOEVERÁ - Cia de Teatro” inspirada na figura do Quetzalcóatl: a serpente emplumada, da Mitologia Asteca-Maia, símbolo de liberdade e esperança na América Latina.
Acontece, então, a consolidação do grupo como entidade cultural de Chapecó, apontando para um novo tempo e uma nova maneira de pensar o teatro com relação à pesquisa, linguagem, produção, circulação e comunicação.

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